Planejamento estratégico situacional: entenda como a metodologia funciona

Estamos sempre falando aqui no blog da Scopi sobre a importância de contar com um bom planejamento para o futuro da sua empresa. A verdade é que existem inúmeros métodos para melhorar os resultados nos negócios, mas existe um tipo de planejamento que promete trazer mais assertividade: o Planejamento Estratégico Situacional, também conhecido como PES.

Neste artigo, vamos falar com mais detalhes sobre essa metodologia. Continue a leitura e confira:

  • O que é Planejamento Estratégico Situacional?
  • As variáveis do Planejamento Estratégico Situacional
  • O PES aplicado na prática
  • Principais diferenças do Planejamento Estratégico Situacional para o tradicional
  • Como aplicar esse tipo de planejamento na minha empresa?

O que é Planejamento Estratégico Situacional?

O Planejamento Estratégico Situacional é uma metodologia idealizada e desenvolvida pelo economista chileno Carlus Matus no início da década de 1970. Na época, as ideias de Matus tiveram um grande impacto por desenvolver uma teoria bastante oposta ao planejamento tradicional. 

Como citamos anteriormente, o planejamento estratégico situacional também é conhecido pela sigla PES e consiste em um plano de atividades que leva em consideração o momento em que a empresa se encontra atualmente, mas se adequando às constantes mudanças de uma situação real organizacional.

Em outras palavras, a metodologia foi criada com o principal objetivo de auxiliar as empresas a enfrentarem todos os desafios da administração pública, empregando uma proposta de uma estratégia semi-controlada, uma vez que os planos elaborados no PES podem ser facilmente adaptados ou reformulados conforme o comportamento de variáveis situacionais.

Nesse sentido, uma vez que no planejamento tradicional há pouca ou nenhuma possibilidade de improvisar estratégias, no Planejamento Estratégico Situacional valoriza-se a flexibilização do que foi previamente estabelecido.

As variáveis do Planejamento Estratégico Situacional

Ao desenvolver a metodologia do Planejamento Estratégico Situacional, o economista Carlus Matus levou em conta dois tipos básicos de variáveis: as controláveis e as não controláveis. Vamos entender melhor como funciona cada tipo?

1. Variáveis controláveis

Como o próprio nome sugere, as variáveis controláveis do PES dizem respeito àquelas que a instituição consegue exercer o controle direto, como produtos, preços, marketing etc.

2. Variáveis não controláveis

Por outro lado, as variáveis não controláveis são aquelas que fogem do controle da instituição, podendo ser divididas, ainda, em três modelos:

  • Invariantes: as variáveis que não podem ser controladas, porém são possíveis prever os seus comportamentos. Um bom exemplo é o mercado financeiro;
  • Variantes: variáveis que não se podem controlar e nem prever os seus comportamentos, como por exemplo a concorrência;
  • Surpresas: variáveis que possuem pequenas chances de ocorrer, mas, caso aconteçam, são capazes de impactar os objetivos do planejamento. Bons exemplos são os acidentes e desastres naturais.

O PES aplicado na prática

Agora que você já sabe o que é o Planejamento Estratégico Situacional, é preciso entender como essa metodologia funciona na prática.

Ao contrário dos planejamentos tradicionais, em que a teoria é dividida em etapas, o PES é segmentado em momentos. Entenda mais detalhes:

1. Momento Explicativo

O primeiro momento do Planejamento Estratégico Situacional é dedicado para a descrição dos problemas. Ou seja, é aqui que você, como gestor, elenca e prioriza todas as situações que se pretende solucionar.

A diferença dos diagnósticos tradicionais é que, aqui, o Momento Explicativo deve ser mais abrangente e categorizar os problemas de acordo com possíveis soluções, levantamentos e pesquisas.

2. Momento Normativo

Após descrever o problema que deseja ser solucionado com o Planejamento Estratégico Situacional, é a hora do Momento Normativo, em que é definida uma situação ideal, ou seja, o que aconteceria com esse plano de ação caso as condições fossem as ideais.

A pergunta que deve ser feita para esse segundo momento é: Em um mundo ideal, onde tudo acontecesse conforme o planejado, quais resultados seriam observados?

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3. Momento Estratégico

O terceiro momento do Planejamento Estratégico Situacional é o contrário do Momento Normativo. Isto é, ao invés de definir a situação ideal para esse planejamento, você deve elencar todas as adversidades daquele plano.

Para isso, é necessário verificar se existe alguma contradição entre os objetivos propostos e se há recursos disponíveis para cada plano.

Algumas perguntas que devem ser feitas nesse momento:

  • O que poderia dar errado com esse planejamento?
  • A proposta é viável?
  • A empresa tem todos os recursos para atuar com o plano?
  • Há alguma contraindicação entre os objetivos?

4. Momento Tático-operacional

Por fim, o último momento do Planejamento Estratégico Situacional consiste na execução e monitoramento das ações que se pretende implementar, envolvendo a organização do trabalho, supervisão das atividades, prestação de contas etc.

Dessa forma, dizemos que o Momento Tático-operacional é uma consequência dos momentos anteriores e, para isso, deve ser realizado um acompanhamento dos efeitos de cada uma das ações previstas. Se necessário, a empresa deve alterar o percurso.

– Leia também: Planejamento estratégico, tático e operacional: guia completo para melhores resultados

Principais diferenças do Planejamento Estratégico Situacional para o planejamento tradicional

Após ler os tópicos acima, talvez já tenha sido claro identificar as principais diferenças do Planejamento Estratégico Situacional em relação ao planejamento tradicional. Mas, para frisar essas informações, elencamos alguns destaques abaixo. Continue a leitura!

1. Capacidade de improvisação

Definitivamente, a principal diferença do PES para o planejamento tradicional é a capacidade de improvisação. Nesse segundo, esse novo modelo atua sob um plano não estático e é possível improvisar e implantar melhorias para situações adversas.

Basicamente, a capacidade de improvisação do Planejamento Estratégico Situacional está relacionada com o complemento do conteúdo prático do plano no momento de agir. No planejamento tradicional, por outro lado, não há margem para ações não planejadas.

2. Explicações mais realistas

O fato do Planejamento Estratégico Situacional considerar as possíveis mudanças durante o processo já o torna com explicações e ações mais realistas.

Com o Momento Tático-operacional, por exemplo, a análise continua acontecendo durante todo o plano, considerando variáveis, reações externas e, por isso, todas as ações são monitoradas, dando menos chance para grandes erros.

3. Planejamento e ação atuam juntos

Geralmente, o planejamento tradicional trabalha com equipes diferentes de planejamento e execução. No caso do PES, as duas áreas atuam juntas, permitindo ainda mais um alinhamento entre as ideias.

– Leia também: Guia completo do planejamento estratégico

Como aplicar o Planejamento Estratégico Situacional para a minha empresa?

Antes de mais nada, é preciso entender que a primeira elaboração do PES por Carlus Matus foi realizada para os desafios do setor público e, por isso, as ações para a sua empresa de outros ramos podem ser adaptadas — afinal, esse é um dos grandes diferenciais do Planejamento Situacional!

A principal dica para aplicar o PES na sua empresa é contar com a flexibilidade estratégica que a metodologia permite e, para isso, deve seguir os momentos estabelecidos pelo economista de acordo com a realidade do seu negócio.

Lembre-se que os planos de ação devem estar condicionados à movimentação da instituição para a maximização de resultados.

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– Leia também: Plano de ação e planejamento estratégico: entenda suas principais diferenças

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