Ser data driven não é só coletar e acessar informações estratégicas. Mais que um recurso de inteligência, é uma cultura que deveria fazer parte do core business de qualquer organização!
Mas o que acontece é que, muito embora 90% dos dados existentes hoje tenham sido gerados nos últimos dois anos, a maioria das empresas ainda não enxerga o valor que eles têm. Ou, se enxergam, nem sempre sabem como utilizá-los a seu favor.
Pense o seguinte: o que você tem feito diferente graças aos avanços da tecnologia? Pode ser que as respostas variem um pouco, dependendo da área de atuação e da maturidade digital da empresa. Ainda assim, é bem provável que as mudanças tenham relação direta com a comunicação entre marca e público-alvo.
Afinal, a digitalização de processos nos trouxe não só mais agilidade e assertividade nas ações, como principalmente permitiu mais engajamento entre clientes e fornecedores. Junto com tudo isso, vieram os dados. Informações relevantes e variadas que, se analisadas adequadamente, podem gerar insights bastante significativos para as organizações.
Estamos aqui hoje para falar de um pensamento que contribui muito com o planejamento estratégico do negócio. Continue a leitura para saber:
- Como nasceu a cultura data driven;
- O que fazer para se tornar data driven;
- Quais são os benefícios do data driven para empresas.
Prepare-se para mudar seu mindset e fazer com que as tomadas de decisão sejam sempre pautadas por uma cultura baseada em dados! Afinal, se a estimativa é que as empresas sejam valorizadas de acordo com seu portfólio de informações até 2021, melhor mesmo é não dormir no ponto!
Data driven: uma cultura que nasceu da transformação digital
Tudo começou com a transformação digital, no momento em que a internet passou a fazer parte da rotina das pessoas. Combine a comunicação sem fronteiras com dispositivos móveis e voilá: temos uma nova visão de mundo!
Temos acesso a conteúdos do mundo inteiro, em diversos idiomas. Nosso leque automaticamente se amplia, assim como as oportunidades de interação. Paradigmas são quebrados, barreiras são derrubadas, empecilhos são ultrapassados.
Entretanto, nossa jornada de consumo não é mais linear. Desde então, ficou mais difícil sermos enganados. Pesquisamos como nunca, com respostas quase imediatas. Fazemos comparações, deixamos reclamações, nos inscrevemos para saber mais sobre assuntos de nosso interesse.
Quando percebemos, é quase como se a internet soubesse exatamente o que estamos pensando. E, se isso também acontece com você, significa que alguma empresa aí fora segue o pensamento data driven. Perceba como, pouco a pouco, deixamos informações online. Preenchemos um formulário, colocamos nosso e-mail em um campo vazio, incluímos nosso número de telefone. Tudo o que fazemos na internet importa.
Onde clicamos, quanto tempo ficamos em uma página, se desistimos da compra, o que pesquisamos, qual série assistimos, a música que ouvimos, o preço que pagamos pelas coisas… São muitas informações.
Ou seja, sem perceber, alimentamos a cultura data driven com cada tomada de decisão, por menor que seja. E, assim, as empresas mais inteligentes nos conhecem cada vez mais, chegando até mesmo a serem surpreendentes em alguns casos.
É uma conversa fascinante, você concorda?
Mas, antes de aprofundarmos o tema, é preciso entender quais são as diferenças entre alguns dos principais termos da transformação digital.
Data driven
Metodologia orientada a dados. Utiliza algoritmos para fazer análises precisas que entreguem respostas estratégicas para a organização.
Em outras palavras, trata-se de usar os dados de clientes, fornecedores, concorrentes, parceiros e outros públicos relevantes para obter insights significativos. E adaptar, assim, o planejamento de acordo com as necessidades e desejos identificados.
Big data
Termo que define o grande volume de dados disponíveis (estruturados ou não) que, por sua vez, podem ser analisados. Revelando, dessa forma, certos padrões, tendências, preferências e associações de consumo.
Em resumo, junte todos os exemplos que dei antes – sobre nossa navegabilidade online – e teremos uma quantidade enorme de informações. Em vídeo, áudio, texto, cliques, comportamento. Big data é o conjunto de tudo isso!
Business Intelligence
Também conhecido como BI, é um processo que envolve coleta, organização, monitoramento e análise de dados. O objetivo é entregar informações relevantes à organização.
Ou seja, é o que transforma informação em conhecimento útil para a tomada de decisões estratégicas.
Data science
É um conjunto de métodos destinados ao processo de extração e processamento de dados de diversas fontes e em diferentes velocidades. Para, logo, gerar valor de forma preditiva.
Em resumo, podemos dizer que big data é o todo. Data driven é uma metodologia voltada a dados. Business Intelligence e data science são procedimentos de análise para a geração de valor.
De fato, entender a diferença entre esses termos é fundamental para compreender o que significa adotar uma cultura data driven sem erros.
Como se tornar data driven
Ser uma empresa pautada por dados, que tem o pensamento data driven como parte da cultura organizacional, é mais complexo do que se imagina.
O fato é que não basta que as informações sejam coletadas e estejam disponíveis. O segredo está em saber o que analisar, por que analisar e quando analisar para atingir seus objetivos com sucesso.
Por isso, reunimos alguns passos que toda a empresa deve dar para se tornar data driven de uma vez por todas e adotar um mindset vencedor entre seus colaboradores!
1) Ajuste seu planejamento
Em primeiro lugar, para ser data driven, é indispensável rever o planejamento estratégico da empresa. Os dados podem ajudá-lo – e muito! – nessa caminhada. Contudo, só serão realmente úteis se você tiver metas e objetivos bem estabelecidos. Antes de qualquer coisa, saiba onde quer chegar. Só depois o como entrará em ação.
2) Invista nas pessoas
Com toda a certeza, a tecnologia é incrível e oferece inúmeras possibilidades novas, todos os dias. Para conseguir acompanhar o ritmo dos avanços, é preciso investir em cursos de capacitação. Bem como em programas de incentivo para que todos os colaboradores estejam preparados para a mudança.
3) Use a tecnologia a seu favor
Uma empresa data driven é uma empresa que utiliza recursos tecnológicos para avançar mais e melhor. Se todos os dados estão online e chegam em velocidade assustadora, é essencial contar com a tecnologia para dar conta do recado. Para não perder o timing, conecte-se!
Por isso, trabalhe com a integração de softwares, garanta forte presença digital, armazene informações na nuvem. E reconheça que, atualmente, é praticamente impossível vencer sem pensar digitalmente!
4) Monitore seus dados
Se a sua ideia é analisar dados para obter insights, não perca nada de vista! Faça um acompanhamento diário das informações. Observe dashboards, questione abordagens, perceba se você está no caminho certo ou se precisa adaptar alguma coisa para chegar lá.
Aliás, softwares especializados em planejamento estratégico são ótimos aliados de monitoramento. O Scopi, por exemplo, apresenta tudo em tempo real. Inclusive, o estágio do cumprimento de metas.
5) Tenha uma postura resiliente
Empresas e profissionais que desejam adotar um pensamento data driven devem estar preparados para agir rápido sempre que uma nova necessidade surgir. Novos dados e análises podem trazer respostas diferentes aos questionamentos do negócio. Com isso, mudanças repentinas de rumo são bastante comuns.
Como resultado, a possibilidade de trabalhar constantemente em melhorias de processos e ações exige que toda a equipe seja resiliente e esteja preparada para viver uma rotina sem muitos avisos prévios.
Por que ser data driven?
Agora que você já sabe o que fazer para se tornar data driven, chegou o momento de falar sobre as vantagens de adotar a metodologia na rotina empresarial. Assim que virar a chave, você perceberá que os benefícios são muitos – e para todos!
Dessa forma, uma mentalidade data driven no ambiente de trabalho contribui para:
Decisões mais assertivas
Processos baseados em dados concretos deixam pouca margem para erros, tornando qualquer processo de decisão muito mais assertivo. Além disso, com a identificação de oportunidades de crescimento e possíveis ameaças, torna-se muito mais fácil antecipar problemas e prever soluções.
Agilidade para lidar com as mudanças
A transformação digital é rápida e, para obter diferenciais competitivos, as empresas precisam ser ágeis e precisas ao encarar as mudanças. Uma cultura data driven permite que todos os ajustes necessários nas ações estratégicas sejam realizados com mais eficiência e menos dúvidas. Logo, evitando surpresas desagradáveis no meio do caminho.
Mudança de mindset da equipe
Quando todos os colaboradores sabem onde a empresa quer chegar e quais recursos possuem para atingir os objetivos, existe uma real transformação na maneira de pensar. Com o pensamento orientado a dados, nos tornamos mais práticos, focados, criativos e inteligentes em nossas ações.
Aumento da produtividade
Uma empresa que ainda não tem uma mentalidade data driven se encontra em meio ao caos. Lida com uma infinidade de informações que simplesmente não têm serventia alguma, além de atrapalhar o fluxo de trabalho.
Por outro lado, quando temos claros os objetivos de negócio e somos orientados por dados, é como se tudo pudesse ser visto com mais clareza. Com tudo organizado e integrações entre ferramentas, a visão do todo se expande. Contribuindo também para resultados mais expressivos e otimização de ações estratégicas.
Informações organizadas
Por falar em organização, uma cultura data driven contribui para manter a ordem na casa. Todos os ativos digitais da organização ficam mais acessíveis pela equipe, tornando os processos mais intuitivos e seguros.
Existem estudos, inclusive, que comprovam a eficácia de uma estratégia baseada em dados. Indústrias da Europa que já estão mais maduras nesse quesito perceberam 30% de aumento em eficiência e 20% a mais de receita.
O McDonald’s é um caso de sucesso. Em Singapura, por exemplo, utilizou dados de clientes para saber quais eram as unidades mais e menos movimentadas. Além de descobrir qual era o tempo de espera pelo delivery e onde estavam os consumidores interessados nos serviços de entrega.
Por fim, com o cruzamento das informações, aumentaram o Retorno Sobre Investimento (ROI) publicitário em 58%, cresceram 9% em vendas e ainda deixaram várias pessoas mais feliz com a marca!
E você, o que tem feito para mudar? Já passou da hora de fazer de sua empresa um case de sucesso quando o assunto é ser referência em pensamento data driven!