Matriz GE (McKinsey): entenda o que é e como utilizar a ferramenta

Matriz GE (McKinsey): entenda o que é e como utilizar a ferramenta

Se você está querendo ampliar os investimentos no portfólio da sua empresa, então você precisa conhecer a Matriz GE (McKinsey). A metodologia é uma ótima aliada para empresas que estão buscando uma visão clara e estruturada de suas unidades de negócios ou produtos. São várias as suas vantagens, como tomada de decisões mais estratégicas, identificação de alocação de recursos, definição de prioridade e muito mais.

Neste artigo, vamos falar tudo sobre a Matriz GE. Continue a leitura para conferir:

  • O que é Matriz GE (McKinsey)?
  • Como funciona a Matriz GE?
  • Vantagens da Matriz GE
  • Passo a passo para utilizar a Matriz GE na prática
  • Como o Scopi pode ajudar? 

O que é Matriz GE (McKinsey)?

A Matriz GE foi desenvolvida pela McKinsey, uma famosa empresa de consultoria empresarial, na década de 70 e foi criada especificamente para um de seus clientes, a General Eletric (GE). Por isso recebeu essa nomenclatura.

O modelo foi criado com base em outra metodologia famosa, a Matriz BCG, mas foi aperfeiçoado para atender às necessidades da General Eletric na época. Seu principal objetivo foi analisar a melhor maneira de como e onde a empresa poderia investir seus recursos de forma estratégica. Portanto, ela ajuda a entender onde os recursos devem ser aplicados ou realocados, com foco na melhoria dos resultados da organização.

Para que se tenha um crescimento saudável, é importante buscar ferramentas para lidar com a alta complexidade que a situação representa. E é exatamente isso que a Matriz GE faz, ela aprimora a tomada de decisões com foco na priorização de investimentos. 

– Leia também: Matriz GUT: o que é e como funciona essa ferramenta? Veja exemplos

Como funciona a Matriz GE?

A metodologia é representada por um gráfico dividido em nove quadrantes, com dois eixos principais: Atratividade do Mercado y Força Competitiva da Unidade de Negócio ou Produto. Esses eixos são avaliados em três níveis (alto, médio e baixo), permitindo que cada unidade de negócio seja posicionada dentro de um dos quadrantes da matriz.

Como já mencionado, a Matriz GE foi desenvolvida como uma evolução da Matriz BCG, que tem como foco a participação de mercado e crescimento. No caso da Matriz GE, a análise é mais abrangente, ou seja, além de considerar o crescimento do mercado, ela também analisa outros fatores que determinam a atratividade e a competitividade do negócio, como inovação, lucratividade e barreiras de entrada, por exemplo.

Entenda como aplicar a Matriz McKinsey

Na prática, cada unidade de negócio deve ser classificada de acordo com dois critérios:

  1. Atratividade do Mercado: Avalia o potencial do mercado em que a unidade de negócio está inserida. Aqui são analisados fatores como o tamanho do mercado, a taxa de crescimento, a lucratividade e as barreiras de entrada;
  2. Força Competitiva: Refere-se à posição da empresa dentro desse mercado. Fatores como participação de mercado, capacidade de inovação, eficiência e qualidade de produtos são considerados.

Após essa análise, as unidades de negócio são posicionadas em um dos nove quadrantes, cada um com uma estratégia sugerida, baseada na combinação entre atratividade e competitividade, definidas na etapa anterior. A partir dessa classificação, a empresa pode apontar ações estratégicas de investimento para cada unidade:

  • Prioritário (Alta atratividade, forte competitividade): Unidades neste quadrante devem receber a maior atenção e investimentos, pois são os principais impulsionadores do crescimento;
  • Seguro e Crescimento (Alta atratividade, competitividade média): Unidades que necessitam de pequenos ajustes para se tornarem prioritárias. Exige investimento cauteloso para fortalecer sua posição no mercado;
  • Seletivo ou Cauteloso (Atratividade e competitividade média): Essas unidades têm potencial, mas apresentam mais riscos. É preciso investir com cuidado, após estudos mais detalhados;
  • Colheita ou Expansão Limitada (Baixa atratividade, forte competitividade): Embora a empresa tenha força competitiva, o mercado não oferece grandes oportunidades. O foco deve ser em extrair o máximo valor possível, mas com investimentos limitados;
  • Perigo ou Colheita (Baixa atratividade, baixa competitividade): Essas unidades estão em mercados pouco promissores e com baixa competitividade. O recomendado é descontinuar ou vender essas operações, já que não oferecem perspectiva de recuperação.

Exemplo de Matriz GE (McKinsey)

Portanto, ao utilizar a Matriz GE, sua empresa consegue visualizar de forma clara onde alocar seus recursos e como definir as melhores estratégias para cada unidade de negócio. A ferramenta permite uma gestão de portfólio mais eficiente e focada em resultados.

Vantagens da Matriz GE

A Matriz McKinsey GE traz várias vantagens estratégicas para as empresas, como por exemplo:

  • Visão global do portfólio: A ferramenta oferece uma visão clara e simplificada de todas as unidades de negócio, o que permite a identificação de quais merecem mais investimento ou devem ser descontinuadas;
  • Priorização de investimentos: Ao posicionar as unidades em diferentes quadrantes, a empresa consegue priorizar seus recursos de forma mais eficaz, evitando desperdícios em unidades sem potencial;
  • Facilidade na tomada de decisões: A matriz ajuda a tomar decisões com base em dados claros, combinando a atratividade de mercado e a força competitiva, eliminando subjetividades;
  • Adaptabilidade: A ferramenta pode ser adaptada para diferentes tipos de negócios, desde grandes corporações até pequenas empresas, oferecendo flexibilidade na análise de portfólios diversos.

Passo a passo para utilizar a Matriz GE na prática

Para te ajudar na implementação da metodologia, preparamos um passo a passo detalhado do que precisa ser feito. Veja:

1. Identifique as unidades de negócio

O primeiro passo é identificar as Unidades de Negócio ou produtos que serão analisados. Essas unidades podem ser diferentes linhas de produtos, serviços ou até mesmo divisões regionais da empresa. Mas lembre-se: cada unidade precisa ser analisada separadamente para que sua atratividade e força competitiva sejam avaliadas de maneira precisa.

2. Defina os fatores de atratividade do mercado

Em seguida, defina os critérios que determinarão a Atratividade do Mercado. Esses critérios podem variar de empresa para empresa, mas geralmente incluem:

  • Taxa de crescimento do mercado;
  • Lucratividade do setor;
  • Tamanho do mercado;
  • Barreiras de entrada;
  • Nível de competição;
  • Tendências de inovação e tecnologia.

Aqui você deve ainda atribuir uma pontuação para cada critério com base em sua relevância e desempenho no mercado. A soma desses fatores determinará o nível de atratividade, classificado como alto, médio ou baixo.

3. Avalie a força competitiva da unidade

Agora é hora de avaliar a Força Competitiva de cada unidade de negócio dentro do mercado. Para isso, você deve definir e pontuar fatores como:

  • Participação de mercado;
  • Capacidade de inovação;
  • Qualidade dos produtos ou serviços;
  • Eficiência operacional;
  • Reconhecimento da marca;
  • Capacidade de resposta às demandas do mercado.

Esses fatores vão indicar a posição competitiva da unidade de negócio e, assim como no caso da atratividade, ela será classificada em alta, média ou baixa.

4. Posicione as unidades na matriz

Com as classificações de Atratividade do Mercado e Força Competitiva em mãos, posicione cada unidade de negócio em um dos nove quadrantes da Matriz GE. O eixo vertical representa a atratividade do mercado (de baixo a alto), e o eixo horizontal mostra a força competitiva da unidade (de fraca a forte).

5. Determine as estratégias para cada quadrante

Dependendo da posição de cada unidade de negócio na matriz, você deve definir estratégias específicas, como por exemplo:

  • Investir (Prioritário): As unidades localizadas nos quadrantes de alta atratividade e forte competitividade são aquelas que merecem os maiores investimentos, pois oferecem o maior potencial de retorno;
  • Selecionar e Crescer: Unidades com alta atratividade e força competitiva moderada podem ser alvos de investimentos cautelosos, visando melhorias para que possam se tornar prioritárias;
  • Manter ou Colher: Unidades com baixa atratividade e força competitiva média ou baixa devem receber poucos investimentos. A estratégia ideal é extrair o máximo de valor possível antes de descontinuá-las;
  • Descontinuar ou Vender: Unidades com baixa atratividade e força competitiva devem ser descontinuadas ou vendidas, pois oferecem baixo potencial de crescimento.

6. Acompanhe e revise regularmente

Por fim, é importante que você tenha em mente que a Matriz GE não deve ser uma análise pontual. O mercado e as condições competitivas mudam o tempo todo, logo, é importante acompanhar regularmente o desempenho de cada unidade e ajustar as estratégias conforme necessário.

Avaliar anualmente ou semestralmente as unidades de negócio permite que a empresa reavalie suas prioridades e se ajuste rapidamente às mudanças do mercado.

– Leia também: Planejamento estratégico: tudo o que você precisa saber para montar o seu

Como o Scopi pode ajudar? 

O Scopi, como ferramenta de planejamento estratégico, pode complementar a Matriz GE ao facilitar o acompanhamento das metas e da execução das estratégias definidas para cada unidade de negócio. Com ele, é possível monitorar em tempo real o desempenho das unidades, acompanhando a evolução das metas e das ações e ajustando o planejamento quando necessário.

Além disso, o Scopi oferece relatórios que podem ser cruzados com os dados da Matriz GE, facilitando a análise contínua da atratividade e da competitividade de cada unidade de negócio

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