A transformação digital está em todo lugar. Publicada em artigos na web, representada pelas mudanças da indústria 4.0, na lista de objetivos das empresas e presente em momentos que vivemos todos os dias.
Desde que os smartphones se tornaram populares e a internet ficou mais acessível, muita coisa mudou no dia a dia das pessoas e na rotina das organizações. É como se um outro mundo tivesse surgido de repente, repleto de novas oportunidades e surpresas a cada esquina!
Atualmente, estamos atravessando uma grande revolução. Uma revolução que, assim como as anteriores, tem mudado a maneira como enxergamos as coisas, vivenciamos experiências e nos comunicamos com os outros. Uma revolução que nos tirou da zona de conforto, exigindo novos papéis na sociedade e gerando impactos diretos na forma como as marcas se relacionam com seus consumidores.
Não há jeito: por mais que algumas pessoas ainda se recusem a observar este movimento, a transformação digital é uma realidade. É algo que já começou, um longo processo de descobertas e provocações. Um caminho obrigatório para aqueles que desejam sobreviver em um mercado altamente competitivo e inegavelmente mutante.
Afinal, passou da hora de encarar os desafios impostos por essa nova economia. Este conteúdo foi elaborado com base nessa urgência e, nele, você lerá sobre:
- Os impactos das revoluções na sociedade;
- As fases do progresso tecnológico;
- A real definição de transformação digital;
- O impacto da transformação digital no planejamento da empresa.
Então sirva-se de um café e continue a leitura para dar o pontapé inicial rumo à tão buscada mudança de mindset.
Os impactos das revoluções na sociedade
O objetivo principal deste conteúdo é falar sobre a transformação digital que vivemos hoje. Porém, não temos como aprofundar nossos conhecimentos sobre o assunto se não voltarmos um pouco no tempo e entendermos como as revoluções anteriores aconteceram.
Pense, por exemplo, nas revoluções industriais que tivemos e em como elas mudaram a sociedade.
A primeira delas começou na Inglaterra em meados do século XVIII. Foi quando começamos a utilizar a máquina a vapor para a produção têxtil – processo que gerou alterações econômicas e sociais marcantes no mundo inteiro, como o crescimento das grandes cidades, a construção de ferrovias e a descoberta de novos continentes pela busca por mais matérias-primas.
Cerca de um século mais tarde, foi dada a largada para a segunda revolução industrial. Passamos, então, a contar com várias das facilidades que perduram até hoje, como automóveis, aviões, telefones, aparelhos de rádio e televisores.
Por fim, a terceira delas, por sua vez, começou por volta metade do século XX, logo após a Segunda Guerra Mundial. Ficou conhecida como revolução informacional ou técnico-científica, representada pela robotização do sistema produtivo.
As indústrias passaram a utilizar tecnologias como robótica, genética e eletrônica em seus processos – rompendo barreiras físicas e temporais, iniciando a globalização.
Consegue enxergar como as revoluções transformaram nossas realidades e exigiram adaptações importantes nas culturas empresariais?
Nesse sentido, não há dúvidas de que as organizações – que sobreviveram a tantas mudanças – souberam identificar onde haviam oportunidades de crescimento. Dessa forma, entenderam cada uma das etapas e ajustaram-se aos novos cenários para continuarem crescendo – ao invés de ignorar a realidade.
Progresso tecnológico
No entanto, o que pouca gente sabe é que a transformação digital é a terceira fase de um progresso tecnológico que começou pela digitização e passou pela digitalização.
São estas, aliás, as três principais etapas de um processo que teve início com a transição de estruturas analógicas para digitais e perdura até hoje – com alterações muito mais profundas em padrões sociais e organizacionais.
Vamos entender melhor cada uma delas a seguir.
1. Digitização
É um termo que parece estar errado, mas vem de digitalization (em inglês) e refere-se ao processo de transição da informação analógica para uma forma digital. Em outras palavras, é a utilização de valores binários para representar sons, imagens e objetos no meio digital.
2. Digitalização
É a etapa do progresso tecnológico que envolve uma visão mais aprofundada da tecnologia para que a mudança nas organizações ocorra, de fato. Envolve conceitos como blockchain, criptomoedas, big data e Internet das Coisas (IoT).
3. Transformação digital
Depois da digitização e da digitalização, vem a transformação digital em si. A fase em que a empresa está pronta para aproveitar os efeitos totais gerados por uma sociedade conectada.
Ou seja, o progresso tecnológico segue uma ordem lógica, um caminho formado por três paradas obrigatórias. Para chegar à transformação digital, é preciso primeiro fazer a transição para o meio digital. Depois, amadurecer processos, até que todo o negócio esteja em sintonia. Só então as empresas estarão preparadas para transformarem-se digitalmente.
Mas o que é a transformação digital?
A transformação digital é de difícil definição. Ao contrário do que muitos pensam, não é simplesmente acrescentar novas tecnologias à rotina organizacional ou aumentar o time de TI. Não é só estar na web ou vender pela internet.
De fato, é uma mudança mais profunda que vai além da presença online. É passar por transformações significativas: sair da zona de conforto, quebrar paradigmas, alterar estruturas, adaptar culturas e abandonar pensamentos engessados para conquistar processos mais inteligentes.
Ou seja, a transformação digital propõe uma mudança radical na maneira como as empresas operam atualmente, incorporando processos digitais com inteligência para garantir seu lugar no futuro.
Percebe como tudo acontece mais rápido e nosso alcance é muito mais abrangente? Essa é uma prova de que a transformação digital está realmente acontecendo. Não só isso, está alterando nosso jeito de agir, pensar e reagir. E o melhor: garantindo experiências melhores de consumo ao longo do processo de compra.
Por fim, é um assunto que deve ser levado em consideração no planificación estratégica de toda empresa que deseja se manter firme em um mercado que passa por mudanças marcantes e em ritmo muito acelerado.
Pense, por exemplo, na segmentação da oferta. Veja como cada vez menos somos vistos como blocos e passamos a ser tratados como indivíduos que têm necessidades e desejos distintos, únicos.
Uma das coisas mais interessantes da transformação digital é o uso de recursos tecnológicos justamente para isso: conhecer as pessoas, suas dores e expectativas.
Em resumo, identificar padrões de consumo e comportamento em nichos cada vez menores, para personalizar a experiência do usuário com a marca.
Consequentemente, aqueles que sabem aproveitar as oportunidades que a inovação oferece percebem diversos benefícios nos negócios. Dentre eles, aumento da satisfação dos clientes, gestão mais eficiente, processos menos burocráticos e reais entregas de valor.
Como a transformação digital impacta seu planejamento estratégico
Observamos como a transformação digital afetou a sociedade como um todo, alterando padrões comportamentais, quebrando paradigmas e eliminando barreiras geográficas e culturais. Mas quais serão os impactos da inovação no planejamento estratégico das empresas?
A verdade é que, ao pensar novas estratégias com base no futuro, as organizações precisam seguir duas premissas básicas:
- Colocar o cliente no centro das decisões;
- Não ter medo de abandonar hábitos antigos.
Depois disso, tudo fica mais fácil. Aqui estão os pontos que não podem ser esquecidos durante o planejamento estratégico de qualquer empresa de sucesso:
Entender o novo consumidor
Um dos objetivos do planejamento estratégico é fazer com que a marca resolva as dores do cliente através de seus produtos. Para isso, é essencial seguir um pensamento customer centric – para entender a fundo quais são os problemas, necessidades e expectativas do consumidor.
Mudar a cultura empresarial
Você já sabe que transformar-se digitalmente vai muito além de simplesmente ter um site publicado ou marcar presença nas redes sociais. Trata-se de uma mudança estrutural que afeta a cultura empresarial da marca.
Todavia, é um processo lento, muitas vezes doloroso, que reflete em diversos pontos, inclusive no planejamento estratégico. No entanto, traz insights poderosos e resultados satisfatórios!
Atualizar o modelo de negócio
Por outro lado, não basta apenas dizer que mudou. Quando alterada culturalmente, uma organização precisa rever e atualizar seu modelo de negócio. Só assim as novas definições estarão de acordo com o que a transformação digital exige.
Portanto inclui muitas pessoas e muitas frentes, podendo envolver desde mudanças nos canais de atendimento ao cliente até a produção de produtos inovadores – preparados para atender o segmento digital.
Reestruturar a gestão
Consequentemente, a gestão da empresa também precisa passar por ajustes até se tornar, de fato, tecnológica. É uma alteração de mindset que afeta todos os níveis hierárquicos e demanda transparência na comunicação para que funcione.
Digitalizar processos
É impossível abraçar a transformação digital sem antes trocar processos analógicos por processos digitais, automatizando diversas tarefas e trazendo mais agilidade e produtividade para a rotina dos profissionais.
Afinal, adotar plataformas especializadas aperfeiçoa os processos internos, além de garantir entregas mais inteligentes e rentáveis.
O Scopi, por exemplo, é um software que possibilita a automatização planejamento estratégico. Com ele, todos os colaboradores da empresa podem ter uma visão do todo e de todos, acompanhando todas as ações e crescimento da empresa online e em tempo real.
Dados, dados, dados!
Ademais, outra grande vantagem da transformação digital é ter acesso a dados estratégicos para tomadas de decisão mais assertivas. O uso de softwares e o armazenamento de dados em nuvem apresentou às empresas uma chance mais inteligente de obter insights.
Portanto jamais ignore dados: transforme-os em informação relevante para construir um planejamento estratégico de sucesso!
Velocidade nas decisões
Mas é claro que não adianta contar com dados se não for para agir com precisão. Em tempos de transformação digital, é preciso ser ágil.
Em conjunto com a análise de dados, a possibilidade de acompanhar todo o movimento da empresa em tempo real permite que as decisões sejam tomadas com mais velocidade – mas não com menos embasamento. E isso é mágico!
Resiliência
Quando essa sinergia acontece, fica mais fácil antecipar-se a possíveis erros e evitar problemas.
Contudo, também exige uma pitada de resiliência por parte dos profissionais e o entendimento de que tudo pode mudar a qualquer instante – inclusive o planejamento estratégico da empresa, novamente.
Motivar a mudança
De fato, nenhum dos itens anteriores entregaria os resultados esperados sem o acompanhamento de um líder engajado e inspirador. Uma pessoa que guie a empresa por todas as etapas de um caminho – que, muitas vezes, será cheio de surpresas.
Sem uma liderança capaz e preparada para lidar com adversidades, a transformação digital não acontece.
Não, não é uma decisão simples. Nem um projeto que pode ser implantado da noite para o dia. Uma empresa que quer se transformar digitalmente deve estar preparada para encarar muitos desafios.
Por outro lado, é um percurso que sua empresa terá que percorrer, mais cedo ou mais tarde. A não ser que seu desejo seja jogar a toalha e parar por aqui. Fica, então, a pergunta:
Minha empresa está pronta para a transformação digital?
Como já notamos, o impacto da transformação digital nas organizações é grande. Mas tamanha complexidade não deve ser encarada com viés negativo. Sair da zona de conforto requer artifícios. Pensar fora da caixa, muitas vezes, também.
Mas não é isso o que todos tentamos fazer, todos os dias, para sobreviver? Para obter destaque? Para vencer a concorrência? Para inovar?
Essa virada de chave talvez seja o passo mais relutante – também o mais essencial – para uma transformação digital saudável e rentável. É preciso mudar o mindset.
Quebrar silos. Comunicar-se com transparência. Dar as boas-vindas à urgência da mudança. Ajustar o ritmo. Contar com liderança inspiradora. Não ter medo de experimentar. Expor erros e aprender com eles.
Em suma, não há dúvidas de que a transformação digital deveria estar nos seus planos. Olhe para este momento como uma oportunidade, não como um monstro de sete cabeças. Troque opiniões, observe casos inspiradores, levante questionamentos sobre o melhor momento para encarar as etapas da mudança.
Não pense em velocidade: pense em planejamento, precisão e qualidade! Depois, é só continuar o movimento.
Afinal, só quem tem coragem de abraçar a transformação digital terá lugar no mercado do futuro.