Você já se deparou com a resistência dos colaboradores às mudanças na sua empresa? Isso pode ser solucionado com a Teoria U.
Tal resistência pode ser devido à falta de participação e compreensão do raciocínio por trás dessas mudanças.
Este é um obstáculo comum no planificación estratégica, pois a equipe não vê a importância das mudanças em um contexto mais amplo.
Portanto, a questão é: como envolver e passar a visão correta para sua equipe? A Teoria U propõe uma transformação por meio da vivência.
Continue a leitura e confira as seguintes informações sobre o assunto:
- O que é a Teoria U?
- Caso de sucesso na Nike: mudança a partir da percepção
- Como funciona a Teoria U na prática?
- Como a Teoria U vai desenvolver competências nos líderes da sua empresa?
- Teoria U: o segredo para engajar
- Scopi ajuda você nesta missão!
O que é a Teoria U?
A Teoria U, de Otto Scharmer, é um modelo para aprendizado e gerenciamento de mudanças que busca integrar um conjunto diversificado de teorias e práticas. Essencialmente, a Teoria U sugere que a qualidade do resultado (seja em termos de inovação, liderança ou aprendizado) depende do estado interior do observador ou participante – o local de onde operamos.
A sua forma em U é explicada pelo caráter visual de descida e subida dessa jornada dividida em três etapas que são cíclicas:
- primeiramente o indivíduo deve descer o U e conectar-se com o ‘sentir’ enquanto livra-se de todos os seus filtros, questionando seus padrões de mentalidade e observando a realidade sem pré-julgamentos;
- em seguida ele chega ao fundo do U aonde irá conectar-se com o ‘estar presente’, descobrindo a si mesmo, suas visões e propósitos;
- por fim inicia-se a subida do U, que está conectada à realização, dando forma real às ideias que surgiram no processo.
A ideia é que, através do uso deste modelo, indivíduos, equipes e organizações possam desbloquear novos níveis de criatividade e inovação, e também possam lidar melhor com desafios complexos e em rápida mudança.
Em resumo, a Teoria U encoraja líderes e equipes a abordar desafios e mudanças de um local de curiosidade e abertura, ao invés de se apegar a ideias e comportamentos pré-estabelecidos.
Origem da teoria do U
O criador da Teoria U é Otto Scharmer, professor do MIT, Massachusetts Institute Of Technology.
Scharmer afirma que um objetivo se concretiza naturalmente quando se compreende verdadeiramente a necessidade de mudança. (Reprodução: Social Impact Festival blog)
Sua teoria “U” foi citada pela primeira vez em 2016 no livro “Presença: propósito Humano e o Campo do Futuro”, que Scharmer escreveu com Joseph Jaworski, Betty Flowers e Peter Senge.
– Leia também: Tipos de inovação: quais são e como aplicá-las no seu negócio?
Caso de sucesso na Nike: mudança a partir da percepção
A gestão de sustentabilidade da Nike tem um case muito interessante sobre mudança de cultura por meio do impacto da vivência e percepção. Uma das líderes da marca, Darcy Wislow, foi incumbida de desenvolver processos e produtos ambientalmente sustentáveis para o setor de calçados femininos da empresa.
Sua primeira ação foi nomear um grupo de colaboradores que atuavam em várias áreas da empresa para trabalhar no projeto. Eles deveriam definir estratégias empresariais sustentáveis.
Eles articularam um plano de ação. Começaram pela análise do cenário da Nike, vivenciando e participando de todos os processos internos.
Ao mesmo tempo em que observavam tudo e debatiam, surgiu o real envolvimento com o projeto e o reconhecimento da importância do processo sustentável: as novas ideias começaram a surgir!
Foi quando eles começaram a questionar sobre compromissos mais profundos que deveriam ser adotados: não apenas para cumprir a pauta no trabalho, mas para a preservação do planeta.
Resultado: Eles não só criaram produtos, como também desenvolveram uma nova forma de gestão para toda a empresa. O sistema de gestão da Nike se tornou exemplo de sustentabilidade.
Como funciona a Teoria U na prática?
Ao longo da jornada do U, cada indivíduo fortalece competências de liderança que são fundamentais para a criação de um novo estado de realidade.
O processo tem 7 etapas definidas:
- Suspender: É a capacidade de suspender nossos juízos habituais e ver a situação com novos olhos. Isso envolve parar e prestar atenção aos nossos preconceitos e suposições, para podermos nos abrir para novas possibilidades;
- Redirecionar: Depois de suspender nossos julgamentos, somos incentivados a redirecionar nossa atenção para fora, para o mundo, em vez de apenas para nossos próprios pensamentos e emoções. Isso significa se tornar mais consciente do que está acontecendo ao nosso redor e nos tornarmos mais receptivos às necessidades dos outros.
- Deixar Ir: Essa etapa envolve liberar nossos velhos modos de pensar e ser, para que possamos nos abrir para novas possibilidades. Isso pode ser um desafio, pois muitas vezes nos apegamos fortemente a nossas identidades e ideias existentes.
- Estar Presente: Uma vez que deixamos ir nossos antigos padrões, podemos nos tornar totalmente presentes no momento atual. Isto é, prestar atenção plena e estar totalmente engajado com o que está acontecendo agora.
- Deixar Vir: Esta etapa envolve permitir que novas ideias e possibilidades surjam. Em vez de tentar forçar soluções, somos incentivados a ficar abertos e receptivos às novas oportunidades que podem emergir.
- Decretar a Lei: Nessa fase, as novas ideias e insights que surgiram são cristalizados em intenções claras ou decretos. Isso geralmente envolve tomar decisões claras sobre como agir com base nos insights obtidos.
- Incorporar: Na última etapa, as novas ideias e intenções são incorporadas na prática. Isso pode envolver mudanças de comportamento, desenvolvimento de novas habilidades ou implementação de novas estratégias.
Juntas, essas sete etapas formam um processo de aprendizado e mudança que pode ser aplicado em uma variedade de contextos, desde o desenvolvimento pessoal até a transformação organizacional.
– Leia também: Liderança estratégica: o que é, qual sua importância e como desenvolvê-la
Como a Teoria U vai desenvolver competências nos líderes da sua empresa?
A partir da Teoria U, ao serem envolvidos em vivências e transformarem suas mentalidades a partir do impacto provocado por elas, os líderes têm oportunidade de desenvolver:
1. Reconhecimento do espaço de escuta
A capacidade fundamental da teoria U é a escuta. Escuta aos outros. Escuta a si mesmo. E a escuta do que nasce do coletivo. Para mudar uma realidade, é fundamental conhecer a fundo o que sentem as pessoas envolvidas e o que envolve os desafios que devem ser transformados.
2) Observação
A capacidade de observar os acontecimentos tal qual eles são e abster-se da “voz do julgamento” é uma chave para cultivar relacionamentos baseados na confiança.
3) Sensing
A habilidade de manter a mente, coração e a vontade abertas. Ao contrário do que possa parecer, esse não é um processo passivo: é uma atitude ativa e enérgica que busca perceber as situações como parte de um sistema.
4) Presença
A capacidade de perceber os detalhes dos acontecimentos e das sensações que estão ao redor.
Essa “sensibilidade” torna a ação mais eficaz e direta às questões-chave dos conflitos enfrentados, e normalmente leva a uma situação em que é mais fácil visualizar a solução.
5) Cristalização
Quando um pequeno grupo se compromete com um propósito comum, torna-se um verdadeiro proselitista (no melhor dos sentidos): acaba atraindo pessoas, projetos e oportunidades para potencializá-lo.
Cristalização é como chamamos a habilidade de compartilhar um propósito com um grupo de pessoas.
6) Prototipação
Pensamento + Ação. Depois de conhecer o propósito, é o momento de tomar ação e criar projetos em torno dele, para que o futuro se manifeste da melhor forma.
7) Performance
Um novo ecossistema nasceu. Agora, é hora de cultivá-lo. Como? Fazendo! Performar é reconhecer que fazer é melhor do que falar, já que a verdadeira mudança acontece quando há mudança no próprio comportamento.
– Leia também: Pipeline de Liderança: entenda o que é e como funciona a teoria de Ram Charan
Teoria U: o segredo para engajar!
A Teoria U é a resposta para você que não consegue engajar sua equipe.
Se você implementou o planejamento estratégico, por exemplo, e os colaboradores não engajaram com a sistemática… Permita com que eles sintam a necessidade disso:
- Não esconda ou suavize os efeitos da falha na Comunicação;
- Não esconda os efeitos de trabalhar às cegas, sem metas e sem um rumo definido.
Permita que sua equipe transforme sua mentalidade por meio da vivência. Você tem coragem?
Scopi ajuda você nesta missão!
O Scopi é um software de planificación estratégica empresarial que permite que você tenha uma visão global do funcionamento de toda a companhia:
- Quem é a empresa (filosofia);
- Quais são os objetivos da empresa;
- O desdobramento deles em metas;
- O andamento de cada tarefa.
E o melhor de tudo isso é que você escolhe conceder esta visão global do negócio aos seus colaboradores, já que uma das premissas do sistema é ser colaborativo.
Com ele, as equipes poderão ter contato com:
- As metas – só assim poderão compartilhar delas junto com o alto escalão;
- Os processos – para ter segurança de como desempenhar cada tarefa;
- Status de cada tarefa – para ter ciência das cobranças e dificuldades;
- Os prazos – representam ganhos em autonomia e autoconfiança;
- Os resultados – para sentir orgulho de seu trabalho ou saber como melhorar;
Adotar o Scopi é transformar a mentalidade da sua empresa por meio da vivência de cada processo.
– Leia também: 7 ferramentas de inovação para empresas e como aplicá-las