Muitos dizem que a liderança é um dom que só beneficia poucas pessoas. Líderes são natos e já sabem, ao longo de toda a sua vida, que exercem esse papel sobre os demais. Já ouviu esse mito? Isso mesmo: nós falamos “mito”, pois na prática não é bem assim. E o Pipeline de Liderança está aí para nos provar isso!
A lenda do “Líder Que Já Nasceu Pronto” é uma das mais difundidas no mundo da administração e dos negócios. Mas Andrea McAleenan, professora da Claremont Graduate School University e braço direito do guru da administração, Peter Drucker, diz que habilidades sempre podem ser ensinadas a um futuro líder e que as empresas devem, cada vez mais, investir nessa formação.
Continue a leitura e saiba mais detalhes sobre esse mito e sobre a Teoria do Pipeline de Liderança. Confira até o final do artigo as seguintes informações:
- A figura do chefe x A figura do líder
- O que é Pipeline de Liderança?
- O níveis de liderança segundo o Pipeline de Liderança
- O que é, de fato, um líder?
- “Mas então é possível criar líderes?”
- Confira mais dicas sobre liderança e produtividade
A figura do chefe x A figura do líder
Desde que o mundo é mundo, conhecemos a figura do chefe. Seja ele o chefe de uma aldeia, de uma tribo ou de uma família. As relações humanas e a sociedade foram evoluindo e a figura do chefe foi expandida para outras áreas de vivência: o trabalho foi uma delas. A principal, inclusive.
Por muito tempo, essa figura gozou de liderança inquestionável. Assim, o chefe se consolidava como alguém superior, distante, respeitado e temido – quase como se tivesse um poder totêmico, já citando Freud. Mas – felizmente – as coisas mudam. As organizações estão se tornando cada vez mais horizontais e tem se substituído a figura do chefe pela figura do líder. O líder, por sua vez, não impõe. Antes, escuta, dialoga e encoraja ideias. Lidera, rumo ao sucesso.
O que é Pipeline de Liderança?
Mas como preparar novos líderes? Uma das soluções mais recentes para esse dilema vem do consultor indiano Ram Charan e, como o nome da teoria pode sugerir, prega gerar desdobramentos para atingir transformações.
Não entendeu? Explicamos melhor! O nome pipeline caracteriza uma tubulação que se desdobra em vários canais diferentes – o que seria uma metáfora para o que Charan propõe.
A Teoria do Pipeline de Liderança consiste então em desenvolver a liderança com base no perfil de cada profissional, levando sempre em consideração as suas principais potencialidades, personalidade e características mentais. Charan acredita que ter controle e conhecimento sobre esses pontos ajuda o gestor a planejar a trajetória dos seus liderados – tornando-os, eventualmente, bons líderes.
O níveis de liderança segundo o Pipeline de Liderança
A Teoria do Pipeline de Liderança parte da ideia de que existem múltiplos níveis de liderança em uma organização. Dessa forma, também existem múltiplas habilidades profissionais que são necessárias para preencher cada um desses níveis.
Para Ram Charan, existem as seguintes transições – ou níveis de liderança:
- Gerenciar a si mesmo a gerenciar outros;
- Gerenciar outros a gerenciar gestores;
- Gerenciar gestores a gerente funcional;
- Gerente funcional a gerente de negócios;
- Gerente de negócios a gerente de grupo;
- Gerente de grupo a gestor corporativo;
O líder ideal deve passar por todas elas antes de atingir o topo da carreira de liderança. Assim, ele deverá entender todas as exigências e o papel do líder dentro da empresa. Cada etapa propicia experiências diferentes e desenvolve habilidades diferentes, preparando os líderes para o futuro.
O que é, de fato, um líder?
Falamos bastante sobre liderança aqui. Mas no que consiste, de fato, ser um líder? Mais precisamente: quais são as características que são socialmente entendidas como representativas de um líder nato?
A figura do líder vem ganhando espaço sobre a figura (já desgastada) do chefe. Ao contrário da postura autoritária e distante do último, líderes são inspiracionais, motivam outras pessoas – seus liderados – e conseguem explorar o melhor delas.
Para ilustrar melhor, reunimos algumas das principais características tidas como essenciais na figura do líder ideal:
- Bons observadores;
- Extremamente empáticos;
- Buscam incansavelmente o aprendizado e a melhoria dos seus talentos;
- Não têm problemas de comunicação e são bons ouvintes;
- Têm humildade para receber críticas dos seus liderados;
- Equilibram bem a descentralização de tarefas, de forma que ninguém se sente sobrecarregado;
- São confiantes e têm iniciativa.
Mas será que todos os líderes têm todas essas características? Ou melhor: será que todos os BONS líderes precisam de tudo isso? Claro, algumas características citadas aí em cima são bastante importantes, mas se cada líder nascesse com tudo isso, nós teríamos bem poucos deles disponíveis no mercado.
“Mas então é possível criar líderes?”
Você pode estar se perguntando exatamente isso nesse momento, mas vamos tomar cuidado com afirmações categóricas. “Criar líderes” é uma expressão que pode encorajar uma interpretação incorreta: ninguém cria líderes do zero, embutindo neles uma personalidade ou valores. O que o Pipeline de Liderança faz é aproveitar o que já existe e redirecionar para um objetivo claro e alcançável: construir líderes.
Então, vamos ficar com a expressão “construir líderes”, certo? Até porque é exatamente essa a proposta de Ram Charan: dar oportunidade e meios para desenvolver habilidades próprias da liderança, respeitando o perfil profissional e pessoal de cada um, seja mais introvertido ou mais falante, mais incisivo ou sutil.
Afinal, nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e o mesmo modo de resolver problemas. O que não quer dizer que maneiras diferentes das socialmente aceitas como “mais eficientes” não sejam, de fato, efetivas. O segredo é aprender e direcionar o poder de liderança e decisão que todos nós temos.
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